A Junta de Missões Mundiais (JMM) divulgou atualização sobre o trabalho com comunidades de surdez em Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique, coordenado pela missionária Renata Santos de Oliveira.
Em carta circulada em julho de 2024, Oliveira detalhou progressos e necessidades urgentes, incluindo a falta de missionários especializados e barreiras financeiras.
Em São Tomé e Príncipe, aulas de Língua Gestual Santomense fortalecem o vínculo com igrejas locais, gerando “novos testemunhos de transformação semanalmente”, segundo o documento. A missão enfrenta carência crítica de um missionário dedicado exclusivamente a surdos, limitando avanços em estudos escolares e bíblicos.
Em Angola, quatro frentes missionárias atuam em províncias distintas:
Em Moxico, a dupla Vasco (surdo) e Mateus (intérprete) percorreu 500 km para iniciar trabalhos, superando desafios climáticos e de comunicação com surdos sem escolarização;
Em Benguela, os missionários Mário e Lourenço seguem evangelizando apesar de assaltos e dificuldades financeiras;
Em Huambo, o pastor surdo Cassinda lidera projeto de futebol que já resultou em reconciliações e conversões, como os casos de Jó e Floriano;
Em Uíge, mais de 50 pessoas participaram de curso de língua gestual, mas poucas permaneceram engajadas, criando lacuna de liderança para novos convertidos.
Em Moçambique, oito pessoas que sofrem de surdez preparam-se para batismo no norte do país, mas a ausência de missionário fixo e recursos financeiros impede a consolidação do trabalho. “É uma barreira real. Oremos por provisão”, solicitou Oliveira.
A carta ainda alertou para influência de seitas em escola para surdos em Luanda e destacou planos de expansão: “Desejamos enviar missionários surdos para novas cidades em Angola, São Tomé, Moçambique e América Latina”, declarou a coordenadora, pedindo orações e apoio logístico.
A JMM atua desde 2019 no eixo lusófono africano, priorizando formação em línguas gestuais locais. Dados da Federação Mundial de Surdos indicam que menos de 2% dessa população tem acesso a educação religiosa formal na região.
Fonte: Gospel mais