Declarações proferidas pelo pastor Océlio Nauar, presidente da Convenção de Ministros e Igrejas Evangélicas da Assembleia de Deus no Pará (Comieadepa), durante um congresso feminino em Itaituba, no dia 9 de agosto, resultaram na abertura de um procedimento ético-disciplinar pela própria entidade e em uma investigação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

Em vídeo que circulou amplamente nas redes sociais, Nauar orientou os homens presentes sobre a escolha de uma esposa com base em critérios financeiros associados à cor da pele.

“Se você vai casar, escolha com quem você vai casar. Se você for escolher uma branquinha, tem mais despesa. Escolhe uma morena, gasta menos. As branquinhas começam a ter um negocinho aqui, comprar mais um creme, mais não sei o que. Vai ficando caro”, afirmou o líder religioso.

A repercussão do caso motivou o pastor Erivaldo Monteiro Marques a protocolar uma denúncia formal contra Nauar no Tribunal de Ética e Disciplina da Comieadepa. Com assessoria jurídica, a representação pede o afastamento cautelar do presidente da convenção, com base no Estatuto Social, no Regimento Interno e no Código de Ética da instituição.

Em ação independente, o Ministério Público do Pará, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Itaituba, instaurou de ofício uma Notícia de Fato para apurar possíveis indícios de discurso discriminatório com teor racista e sexista. A medida é fundamentada na Resolução nº 012/2024-CPJ/MPPA.

Os promotores de Justiça Diego Lima Azevedo e Mayanna Santiago são os responsáveis pela investigação.

O MPPA informou que a apuração se baseia no artigo 127 da Constituição Federal, que define as atribuições da instituição, e em tratados internacionais ratificados pelo Brasil, como a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial e a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW).

O objetivo do procedimento, segundo o órgão ministerial, é assegurar a devida apuração do episódio sob a perspectiva da proteção aos direitos fundamentais das mulheres e da promoção da igualdade racial.

Apelo por perdão

Em uma nota divulgada nas redes sociais, o líder religioso disse que sua fala foi tirada de contexto. Ele explicou que fez referência à sua juventude, de origem humilde, quando não tinha recursos para custear certas coisas, época em que conheceu a sua esposa.

Em outra gravação, o pastor que também virou alvo de um pedido de afastamento do cargo, pediu orações. “Eu preciso muito de suas orações diante das lutas que estamos passando”, afirmou. Com informações: JM Notícias.




Fonte: Gospel mais

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