Pastor diz que igrejas precisam parar de afastar quem mais precisa de cura
A influenciadora Vanessa Lopes confessou, nesta semana, que pisar numa igreja ainda a deixa apreensiva. “Passei muito tempo com medo e, para ser sincera, ainda não me sinto totalmente à vontade”, admitiu. Ela explicou que o namorado, ativo em sua comunidade de fé, tem sido ponte nesse retorno — apresentou-lhe canções gospel e um grupo de amigos cristãos que a fizeram reconsiderar a aproximação.
O depoimento viralizou e chamou a atenção do pastor Luciano Alves. Sem rodeios, ele afirmou que o primeiro passo diante de quem teme a igreja não é julgar, mas ouvir.
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Segundo o líder, muita gente carrega feridas por rejeição, cobranças excessivas ou decepções com autoridades religiosas. “Essas experiências deixam cicatrizes profundas”, observou.
Para Alves, o desabafo da influencer soa como alerta para as congregações. Igreja, diz ele, deveria ser espaço de restauração, não de trauma. “Se alguém se afasta por medo, a comunidade precisa perguntar o que está transmitindo”, provocou. Ele lembra que há diferença entre Deus e as estruturas humanas que falam em Seu nome: “A fé deve trazer leveza, não peso”.
O pastor ressalta que acolher vem antes de convencer: cada pessoa tem seu ritmo. “Portas abertas não bastam; braços abertos também”, resumiu.
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Ele concluiu com um puxão de orelha: se alguém associa igreja ao medo, talvez o problema seja quão pouco ainda nos parecemos com Jesus, que se aproximava, curava e devolvia dignidade — nunca assustava.
O caso de Vanessa Lopes também expõe uma realidade silenciosa enfrentada por muitos jovens: o medo de ambientes religiosos que, ao invés de acolher, impõem regras, julgamentos e expectativas inalcançáveis.
Para muitos, a igreja deixou de ser um refúgio e passou a representar dor, controle e vergonha. O relato da influenciadora, ao ganhar tanta repercussão, evidencia que há uma geração ferida que ainda deseja se reconectar com a fé, mas precisa encontrar um caminho onde haja mais graça do que cobrança, mais empatia do que imposição.
O episódio também revela o poder da influência positiva dentro dos relacionamentos. No caso de Vanessa, foi o testemunho discreto e respeitoso do namorado que abriu espaço para uma reaproximação com a fé. Sem pressão, ele apresentou músicas, pessoas e experiências que mostraram um lado mais leve e verdadeiro da vivência cristã. Isso reforça que, muitas vezes, o caminho de volta não vem por pregação, mas por convivência — por meio de atitudes que refletem o amor de Cristo sem precisar de palavras.
Fonte; Fuxico Gospel