Um número crescente de jovens adultos nos Estados Unidos que mantêm contato regular com a Bíblia relata níveis mais elevados de bem-estar emocional, relacional e espiritual. É o que mostra o relatório State of the Bible 2025, publicado pela Sociedade Bíblica Americana (ABS, na sigla em inglês), com dados coletados em janeiro deste ano.

De acordo com o estudo, membros da Geração Z e da geração millennial que se dizem ativamente engajados com as Escrituras apresentaram uma pontuação média de 8,1 no Índice de Florescimento Humano — uma escala desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Harvard que mede seis dimensões do bem-estar, incluindo saúde física e mental, felicidade, sentido de propósito e relacionamentos próximos.

A média geral da Geração Z, no entanto, foi significativamente inferior: 6,8. Esse resultado foi o mais baixo entre todas as faixas etárias analisadas. Em comparação, os baby boomers obtiveram a maior média, com 7,5 pontos, sendo que 45% deles relataram alto florescimento pessoal.

Segundo o relatório, a presença de fé ativa também foi associada a níveis superiores de bem-estar. Entre os americanos que afirmaram perceber fortemente a atuação de Deus em suas vidas, 43% relataram alto florescimento. Já entre os que rejeitam essa crença, 41% relataram baixo florescimento.

O índice também variou conforme a frequência de leitura bíblica. Aqueles que leem as Escrituras diariamente alcançaram uma média de 7,9, frente a 6,8 entre os que nunca leem. A participação mensal em cultos cristãos entre fiéis que valorizam sua fé também contribuiu para elevações nas pontuações de florescimento.

Geração Z avança em vínculos sociais

Apesar do desempenho mais baixo no índice geral, a Geração Z registrou uma melhora expressiva no quesito “relacionamentos sociais próximos”, passando de uma média de 6,6 em 2024 para 7,0 neste ano. Esse crescimento colocou os mais jovens à frente da geração millennial e da Geração X nesse domínio. Os pesquisadores consideraram o resultado significativo, diante da percepção comum de que os jovens da Geração Z enfrentam maiores índices de isolamento social.

A pesquisa da Sociedade Bíblica Americana entrevistou 2.656 adultos, representando os 50 estados dos Estados Unidos e o Distrito de Columbia. Os dados foram colhidos por meio da plataforma AmeriSpeak, mantida pelo NORC da Universidade de Chicago, e os resultados refletem tendências nacionais sobre engajamento com a Bíblia e indicadores de bem-estar.

Engajamento bíblico após a pandemia

O relatório também documenta um aumento no número de leitores da Bíblia nos Estados Unidos, revertendo um ciclo de quatro anos consecutivos de queda iniciado durante a pandemia. De acordo com a ABS, cerca de 11 milhões de americanos passaram a ler a Bíblia em 2025 em comparação com o ano anterior.

Os maiores crescimentos ocorreram entre os millennials, membros da geração X e homens de diferentes faixas etárias. Em termos geográficos, o número de usuários da Bíblia no Nordeste e no Oeste do país aumentou 18%. No Centro-Oeste, o crescimento foi de 15%. A região Sul permaneceu estável.

Na Baía de São Francisco, região historicamente marcada por baixos índices de religiosidade, observou-se um engajamento acima da média nacional entre os mais jovens. Entre os millennials da Bay Area, 40% afirmaram ser usuários da Bíblia, frente à média nacional de 39%. Já a Geração Z na região relatou um engajamento de 37%, ligeiramente superior à média nacional de 36%.

Em contraste, apenas 19% dos adultos com mais de 60 anos na Bay Area declararam ler a Bíblia, enquanto a média nacional para essa faixa etária é de 46%.

Quem são os “usuários da Bíblia”

A ABS classifica como “usuários da Bíblia” aqueles que leem as Escrituras fora de contextos litúrgicos pelo menos três ou quatro vezes ao ano. Já os indivíduos definidos como “engajados com a Bíblia” somam 52 milhões de americanos. Para esse grupo, a leitura e meditação nas Escrituras influenciam diretamente suas decisões e relacionamentos.

O estudo também destaca um grupo chamado de “meio móvel”, que reúne cerca de 71 milhões de pessoas. Esses indivíduos demonstram curiosidade pela Bíblia, mas ainda não possuem um envolvimento ativo com seu conteúdo. Segundo a ABS, muitos nesse grupo são cristãos não praticantes que se mostram abertos a retomar a leitura das Escrituras, sobretudo se forem acompanhados por alguém que os ajude a entender sua mensagem central.

Comparações globais

O relatório da ABS faz referência ao Global Flourishing Study, um levantamento internacional que avaliou o bem-estar humano em 22 países. Os Estados Unidos ficaram em 15º lugar no índice geral de florescimento e em 12º lugar no quesito “prosperidade segura”.

Países como Indonésia, México, Filipinas, Israel e Nigéria lideraram o ranking, apresentando níveis mais altos de bem-estar em comparação com nações ocidentais mais ricas. O estudo atribui essa diferença a declínios em indicadores relacionados a propósito de vida e qualidade dos relacionamentos em sociedades economicamente desenvolvidas.

Fonte e metodologia

O State of the Bible 2025 é publicado anualmente pela Sociedade Bíblica Americana com o objetivo de entender o impacto das Escrituras na vida dos americanos. O índice de florescimento humano adotado no estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Harvard como ferramenta multidimensional para avaliar o bem-estar geral de indivíduos e comunidades, de acordo com informações do The Christian Post.

O relatório completo pode ser acessado no site oficial da ABS.




Fonte: Gospel mais

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