A Igreja Pentecostal Tempo de Milagres, liderada por Leonardo Sale, enfrenta ação de despejo em Porto Alegre por dívida de R$ 180 mil em aluguel.
Por Redação • Publicado em 13/06/2025 às 15h08
A Igreja Pentecostal Tempo de Milagres, presidida pelo pastor Leonardo Sale, está sendo processada por falta de pagamento de aluguel em um imóvel localizado na cidade de Porto Alegre (RS). A ação de despejo por inadimplência tramita na 2ª Vara Cível do Foro Regional do Sarandi, sob o número 5006181-31.2025.8.21.5001.
O autor da ação é João Kiefer Filho, proprietário do imóvel, que cobra R$ 180 mil referentes a valores em atraso. O processo foi distribuído no dia 30 de maio de 2025, e teve o despacho inicial assinado pelo juiz Diogo de Souza Mazzucatto Esteves no dia 5 de junho.
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Na decisão, o magistrado determinou a citação da igreja para apresentar contestação no prazo legal de 15 dias, contados da juntada do mandado ou da confirmação do aviso de recebimento. O despacho também prevê a possibilidade de purgação da mora, ou seja, o pagamento integral da dívida — incluindo aluguéis e encargos acessórios — para evitar o despejo.
O juiz decidiu não realizar audiência prévia de conciliação, mencionando a dificuldade de obtenção de acordo. Ainda assim, o procedimento poderá ser retomado se ambas as partes manifestarem interesse.
Sobre a Igreja Pentecostal Tempo de Milagres
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A Igreja Pentecostal Tempo de Milagres tem sede no estado do Rio de Janeiro e mantém diversas congregações espalhadas pelo Brasil. A denominação foi fundada pelo pastor Leonardo Sale, que também atua como pregador, conferencista e figura conhecida nas redes sociais.
Com forte presença digital, o líder religioso acumula milhões de seguidores nas principais plataformas, e realiza cultos transmitidos ao vivo com frequência. A igreja se identifica como um ministério voltado à restauração de vidas por meio da fé cristã, com foco em curas, milagres e transformação pessoal.
Nos últimos anos, a instituição expandiu sua atuação para diversas regiões do país, incluindo o Sul. A unidade localizada em Porto Alegre, alvo da ação judicial, fazia parte dessa estratégia de crescimento. Contudo, segundo o processo, os compromissos financeiros assumidos com o imóvel deixaram de ser honrados, o que motivou o pedido de despejo.
Processo segue em andamento
Caso a igreja não apresente contestação no prazo determinado e não efetue o pagamento, será considerada revel, o que significa que as alegações do autor poderão ser consideradas verdadeiras para efeito de decisão.
O processo não corre em segredo de justiça e está disponível para consulta pública no sistema eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS).
Até o momento, não há manifestação oficial da igreja nem do pastor Leonardo Sale sobre o caso. A reportagem seguirá acompanhando os desdobramentos judiciais e eventuais posicionamentos das partes envolvidas.
Fonte; Fuxico Gospel